Você ainda guarda suas economias debaixo do colchão ou na poupança, como muitos brasileiros? Sabia que essas são as formas menos eficientes de fazer seu dinheiro trabalhar a seu favor?
Se você tem receio ou falta de tempo para se aprofundar nesse assunto, permita-nos perguntar: o que você faria se soubesse que existem opções tão seguras quanto a poupança, mas com maior potencial de rendimento? E o melhor, sem exigir grande conhecimento técnico de sua parte?
Seria incrível, não é? Pois temos uma ótima notícia: não só é possível, como já é uma realidade. Nós, da Econecho, preparamos este artigo completo para eliminar de uma vez por todas suas dúvidas e receios sobre o assunto. Ao longo dele, vamos mostrar tudo o que você precisa saber sobre renda fixa, as opções mais acessíveis e, claro, como migrar seus recursos da poupança para alternativas com maior potencial de retorno.
Mas antes, vamos às explicações. De modo geral, ao investir seu dinheiro nesses fundos, você contará com um “profissional especializado” dedicado a fazer seus rendimentos crescerem. Além disso, por se tratar de renda fixa, antes mesmo de realizar um aporte, você terá acesso às regras de remuneração, o que permite ter uma visão clara de seus rendimentos futuros. Prático, não é mesmo?
Se você quer entender mais sobre como isso realmente funciona, siga com a gente. Aqui, vamos te mostrar tudo o que você precisa saber.
Mas afinal, o que são fundos de renda fixa?
Os fundos de renda fixa são investimentos cujas regras de remuneração são definidas no momento da aplicação no título. Essas regras estipulam o prazo e a forma de como a remuneração será calculada e paga ao investidor. Para ser caracterizado como tal, os fundos de renda fixa precisam investir, no mínimo, 80% do patrimônio em produtos financeiros atrelados à variação da Selic, a índices de mercado (como o IPCA e o CDI), ou a ambos.
Como funciona um fundo de renda fixa?
A rentabilidade é garantida? Existe risco de perda? Certamente, essas são perguntas frequentes e você também deve estar se perguntando, como funciona o fundo de renda fixa, afinal? Explicaremos de uma forma simples e fácil de entender.
De modo geral, os fundos de renda fixa funcionam como qualquer outro fundo de investimentos. Isto é, são aplicações coletivas, onde os recursos de diferentes pessoas, são reunidos em um único montante e investidos por um profissional ou por uma instituição financeira. Em troca, espera-se receber o valor aplicado de volta no futuro acrescido de juros, que é justamente a remuneração aplicada pelo tempo em que o capital ficou “emprestado”.
Os emissores de títulos de renda fixa — quem pega o dinheiro emprestado — podem ser bancos, empresas e o próprio governo. No entanto, é importante esclarecermos que, investimentos de renda fixa, também estão sujeitos a riscos, tanto de crédito quando de mercado. Em certas situações, o valor dos papéis pode variar, devido a oscilação da taxa Selic.
Quanto rende a renda fixa?
As condições de remuneração variam de acordo com o papel, prazo e emissor. Via de regra, esses investimentos seguem indicadores de referência, como: Selic, CDI e TR.
- Selic: é a taxa básica de juros da economia brasileira, ela é utilizada como referência para remunerar os investidores que compram títulos públicos. Balizando assim todas as operações de crédito no país.
- CDI – Certificado de Depósito Interfinanceiro: representa a média dos juros das operações de empréstimos a curtíssimos prazos. O CDI e a Selic costumam caminhar juntos, sendo taxas quase sempre muito próximas.
- TR – Taxa Referencial: ela é usada para corrigir o rendimento da poupança e é calculada a partir de médias das taxas dos CDBs prefixados.
O cálculo da rentabilidade desses investimentos pode seguir padrões diferentes, de acordo com as informações acima. Porem existem três formas tradicionais de remuneração:
- Papéis prefixados: são aplicações, cujo os juros são fixos e estabelecidos no momento de sua emissão.
- Papéis pós-fixados: a remuneração do título está atrelada a um indicador de referência, como Selic ou CDI, por exemplo.
- Papéis híbridos: eles mesclam as características das aplicações pré e pós-fixadas. Uma parcela se dá aos juros fixos e outra está atrelada a um indicador que pode variar ao longo do tempo.
Principais investimentos em Renda Fixa
A renda fixa possui uma grade categoria de investimentos, e isso reúne diversos tipos diferentes de produtos. Os principais são:
- Títulos Públicos: quem compra títulos públicos, “empresta” dinheiro para o governo. Basicamente, é você quem faz a máquina pública funcionar. Eles são considerados investimentos mais seguros pois são emitidos pelo próprio governo. Há três tipos de papéis atualmente disponíveis no Tesouro Direto. Eles podem ser prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais), pós-fixados (Tesouro Selic) ou híbridos, atrelados à inflação (Tesouro IPCA + e Tesouro IPCA+ com juros semestrais).
- CDBs: assim como o governo emite títulos públicos, os bancos fazem o mesmo com os Certificados de Depósitos Bancários, CDBs no mercado. Os CDBs mais comuns são os pós-fixados, eles oferecem um percentual de algum dos índices de referência de renda fixa – geralmente, é a taxa do CDI, como remuneração. Em alguns bancos, a rentabilidade pode chegar a 70% do CDI, por exemplo, mas para atrair investidores, outros podem oferecer até mais do que 100% do CDI.
Assim como os títulos de Tesouro Direto os CDBs contam coma cobertura do FGC (Fundo de Garantidor de Créditos), ou seja, investimentos até R$ 250 mil reais por CPF ou CNPJ são cobertos em cada conglomerado financeiro.
- Debêntures: são títulos de crédito emitidos por empresas e negociados no mercado de capitais. Ela também é um título de dívida, assim como títulos públicos e os CDBs, ou seja, o mesmo terá direito a receber uma remuneração do emissor que é diferente do governo ou bancos. Geralmente, os recursos são levantados pelas empresas em forma de debêntures para financiar grandes projetos. Diferente dos produtos de renda fixa as debêntures costumam ter vencimentos mais longos e também podem ter retornos prefixados, pós-fixados ou híbridos.
- LCI e LCA: Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio, são semelhantes aos CDBs. Elas também são emitidas por instituições financeiras, porem são restritas às atividades de crédito relacionada com o setor imobiliário ou agronegócio. Elas também contam com a cobertura do FGC. LCI e LCA são mais comuns de forma pós-fixada e é normal que elas ofereçam uma remuneração levemente abaixo em relação aos CDBs, isso ocorre pois são isentos de Imposto de Renda, diferente dos CDBs. Por conta dessa vantagem, os LCIs e LCAs porem ser mais atraentes sem comprometer suas emissões.
- CRI e CRA: Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio são produtos financeiros mais complexos, pois eles envolvem securitização, que a grosso modo, transforma direitos de crédito em papéis negociados no mercado financeiro. Quem compra um CRI ou um CRA no mercado recebe juros como remuneração, uma das vantagens desse produto que assim como LCIs e LCAs eles são isentos de Imposto de Renda, no entanto, não possuem garantida do FGC.
Para investir em títulos públicos é preciso arcar com algumas taxas, a primeira delas é uma tarifa de custódia paga a B3 – Bolsa de Valores Brasileira – já que é a bolsa de valores que organiza todo o ecossistema do Tesouro Direto. A segunda taxa é de administração, que é cobrada por alguns bancos e corretoras por fazerem a intermediação das operações. Mas calma, essa segunda taxa não é uma regra, temos várias corretoras que possuem taxa zero para investimentos no Tesouro Direto.
Vantagens e desvantagens de investir em renda fixa
Gostou de tudo o que contamos para você sobre renda fixa? Ficou interessado em saber mais sobre as vantagens e desvantagens dessas aplicações?
A renda fixa embute algumas vantagens que podem ser extremamente importantes para novos investidores, que é a previsibilidade quando ao comportamento dos papéis e claro os ganhos que podem ser obtidos por meio deles. Embora não sejam totalmente livres de riscos, essas aplicações fornecem ao investidor uma visão de futuro mais clara sobre o que pode esperar. Outra vantagem é a variedade de produtos disponíveis, o que possibilita uma diversificação de carteira, sem concentrar todos os seus investimentos em apenas uma opção.
Por outro lado, uma desvantagem são os ganhos estáveis, ou seja, há menos possibilidades de se obter retornos elevados de forma “rápida” o que ocorre de forma mais exponencial no mercado de renda variável.
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